A Administração é um conjunto de normas e funções elaboradas para disciplinar elementos de produção, que têm como objetivo alcançar um resultado eficaz e retorno financeiro. Administrar envolve a elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.
A profissão de administrador é historicamente recente e foi regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que se comemora o Dia do Administrador.
Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, que não é o dono do negócio) foram os que geriram as companhias de navegação inglesas a partir do século XVII.
Segundo Jonh W. Riegel, "o êxito do desenvolvimento de executivos em uma empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da capacidade dos seus gerentes no seu papel de educadores.Cada superior assume este papel quando ele procura orientar e facilitar os esforços dos seus subordinados para se desenvolverem".
Funções administrativas
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar - POCCC. Atualmente, sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as que sofreram transformações na forma de abordar foram "comandar e coordenar" que anteriormente chamava-se Dirigir (Liderança).
Atualmente, as principais funções administrativas são:
- Fixar objetivos (planejar)
- Analisar: conhecer os problemas.
- Solucionar problemas
- Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas).
- Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)
- Negociar
- Tomar as decisões.
- Mensurar e avaliar (controlar).
As características do gestor
Entende-se como características do gestor, suas funções, habilidades e competências.
Segundo Araujo(2004), “as funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em jornais de forma condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e controlar.”
Planejar: “definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos” (ARAÚJO, 169, 2004), ou como “ferramenta que as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma aplicação específica do processo decisório.” (MAXIMIANO, 105, 2002).
O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar: pode-se constatar que [...] se fosse possível seqüenciar, diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é preciso para a realização da tarefa. (ARAÚJO, 169, 2004).
Logo, “organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo de organizar tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas.” (MAXIMIANO, 111, 2002).
Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo comum. “Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados.” (ARAÚJO, 170, 2004).
Maximiano ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar, “o processo de execução consiste em realizar as atividades planejadas que envolvem dispêndio de energia física e intelectual” (MAXIMIANO, 119, 2002).
E por último controlar, que “estando a organização devidamente planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios”(ARAÚJO, 170, 2004).
Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não pode ser trabalhados disjuntas.
Princípios para um bom Administrador
- Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas;
- Saber decidir e solucionar problemas;
- Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente, negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos.
- Ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização;
- Ser proativo, ousado e criativo;
- Ser um bom líder;
- Gerir com responsabilidade e profissionalismo.
Teorias da administração
As teorias da administração podem ser divididas em várias correntes ou abordagens.Cada abordagem representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as características do Trabalho de administração.
- Abordagem clássica da administração
- Administração científica
- Teoria clássica da administração
- Abordagem humanística da administração
- Teoria das relações humanas
- Abordagem neoclássica da administração
- Teoria neoclássica da administração
- Administração por objetivos (APO)
- Abordagem estruturalista da administração
- Modelo burocrático da administração
- Teoria estruturalista da administração
- Abordagem Comportamental da Administração
- Teoria comportamental da administração
- Teoria do desenvolvimento organizacional (D.O.)
- Abordagem sistêmica da administração
- Principios e Conceitos Sistêmicos
- Cibernética e administração
- Teoria matemática da administração
- Teoria geral de sistemas
- O Homem Funcional
- Abordagem contingencial da administração
- Teoria da contingência
- Mapeamento Ambiental
- Desenho Organizacional
- Adhocracia
- O Homem Complexo
- Técnicas Modernas de Gestão
- Administração participativa
- Administração Japonesa
- Administração Holística
- Benchmarking
- Downsizing
- Gerenciamento com foco na Qualidade
- Learning Organization
- Modelo de Excelência em Gestão
- Reengenharia
- ReAdministração
- Terceirização
Cronologia das teorias da administração
- 1903 Administração científica
- 1909 Teoria da burocracia
- 1916 Teoria clássica da administração
- 1932 Teoria das relações humanas
- 1947 Teoria estruturalista
- 1951 Teoria dos sistemas
- 1954 Teoria neoclássica da administração
- 1957 Teoria comportamental
- 1962 Desenvolvimento organizacional
- 1972 Teoria da contingência
- 1990 Novas abordagens
Teorias Administrativas, suas ênfases e seus principais enfoques
Ênfase | Teorias administrativas | Principais enfoques |
Tarefas | Administração científica | Racionalização do trabalho no nível operacional |
Estrutura | Teoria clássica Teoria neoclássica | Organização Formal; Princípios gerais da Administração; Funções do Administrador |
Teoria da burocracia | Organização Formal Burocrática; Racionalidade Organizacional; | |
Teoria estruturalista | Múltipla abordagem: Organização formal e informal; Análise intra-organizacional e análise interorganizacional; | |
Pessoas | Teoria das relações humanas | Organização informal; Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo; |
Teoria comportamental | Estilos de Administração; Teoria das decisões; Integração dos objetivos organizacionais e individuais; | |
Teoria do desenvolvimento organizacional | Mudança organizacional planejada; Abordagem de sistema aberto; | |
Ambiente | Teoria estruturalista Teoria neo-estruturalista | Análise intra-organizacional e análise ambiental; Abordagem de sistema aberto; |
Teoria da contingência | Análise ambiental (imperativo ambiental); Abordagem de sistema aberto; | |
Tecnologia | Teoria dos sistemas | Administração da tecnologia (imperativo tecnológico); |
As principais Teorias Administrativas e seus principais enfoques
A teoria geral da administração começou com a ênfase nas tarefas, com a administração científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max Weber, seguindo-se mais tarde a teoria estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da teoria comportamental e pela teoria do desenvolvimento organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela teoria da contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia - provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas cinco variáveis, omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.
Áreas da administração
- Administração financeira
- Administração da produção
- Administração pública
- Administração de Materiais
- Marketing
- Gestão de Pessoas
- Gestão Sistêmica
- Administração de Sistemas de Informação
- Organização, Sistemas e Métodos
- Comércio Internacional
Referências Bibliográficas
- Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. ed. São Paulo: Makron, 1993.
- Drucker, Ferdinand P. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2002. ISBN 85-221-0130-5
- Drucker, Ferdinand P. A Profissão de Administrador. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 1998. ISBN 85-221-0166-3
- Lacombe, F.J.M.; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03788-9
- Montana, Patrick J. Administração. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. ISBN 85-02-03786-2
- ARAÚJO, Luis César G. Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras.Ed Atlas, SP, 2004.
- MAXIMIANO, Antonio Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. Ed Atlas, 2002.
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